domingo, 3 de outubro de 2010

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Inversão de papéis – Como Fazer


A possibilidade do prazer masculino com a estimulação anal é fato, mas nem por isso deixa de ser tabu. O pavor que o heterossexual (masculino ou feminino) convicto tem com o simples vislumbre desse possível prazer é tal, que isso passa de geração em geração como um preconceito pra lá de concebido. Não tenho nenhuma intenção de estuprar mentes e forçar idéias, mas acho muito importante partilhar experiências e incentivar a discussão e reflexão sobre o assunto.
Antes de tudo uma confissão em aberto. Já fui muito preconceituosa a respeito do prazer anal masculino. Pra mim, tratava-se de homossexuais enrustidos que não tinham coragem de aceitar outro homem sexualmente e então se contentavam com a carícia vinda de uma mulher como prêmio de consolação. O tempo foi passando e fui, lentamente, me permitindo experimentar e aceitando que existem outras possibilidades.
1ª lição
Apesar de eu acreditar que todo indivíduo é potencialmente bissexual, opinião extremamente particular, admito também que existem homossexuais convictos, assim como heterossexuais também. A bissexualidade pode ser uma ótima opção para quem quer uma vida sexual diversificada, mas não necessariamente é uma opção generalizada. Portanto, é extremamente preconceituoso de qualquer parte, homo ou hetero, achar que um homem que tenha prazer com a estimulação anal seja essencialmente homossexual.
Neste texto eu conto como foi o meu primeiro contato com um homem que demonstrou sentir prazer anal. Da estranheza e preconceito ao prazer de dar prazer. É claro que em muitos pontos uso de liberdade poética, afinal, trata-se de um conto/relato erótico e a intenção dele é não apenas passar a informação, mas também toda a atmosfera de prazer. Ainda assim, há muita verdade nele, acho que vale ser lido.
2ª lição
Quem disse que existe maneira certa ou errada de ter prazer desta ou daquela forma? A construção de um tabu acontece e se estabelece de maneira velada ao longo de gerações. O indivíduo crê, mesmo sem uma opinião própria formada, que determinado comportamento é errado e sequer questiona, apenas assume como verdade. Acho que independente de assumirmos (ou não) determinadas preferências e levantarmos bandeiras (estar em evidência nem sempre é algo confortável) é importante manter uma mente livre para as possibilidades, aceitando ou não.
Este foi originalmente um comentário meu ao texto de um amigo de outro blog, Pequenos Delitos, chamado “A última trincheira“. Nele eu comento diferentes formas de dar prazer através da estimulação anal masculina. Neste texto em especial eu, uma adepta assumida de práticas sadomasoquistas, tento não vincular as práticas de estimulação anal e o prazer com isso ao BDSM, apesar de, particularmente, fazer uso dentro de meus jogos eróticos. O prazer a partir da estimulação anal independe do prazer BDSM.
3ª lição
Buscar informações é sempre importante. Vivemos em uma época maravilhosa, onde a informação é difundida muito democraticamente através de revistas, livros ou mesmo aqui, na internet, ainda que, eventualmente, nem toda fonte seja confiável, mas ter alguma informação é sempre melhor que não ter nenhuma. Quando me encantei com o prazer de dar prazer com a estimulação anal do parceiro, percebi que determinados cuidados se faziam necessários, tal qual a devida lubrificação da área, que originalmente não tem nenhuma lubrificação. Assim como o uso de preservativos nos acessórios ou luvas para a manipulação direta, por uma questão de higiene e prevenção de possíveis contaminações ou acidentes, principalmente com as unhas. No caso da massagem prostática, o desconhecimento da fisiologia masculina exige um pouco mais de sensibilidade e conhecimento, nada que uma vontade real de entender mais sobre o assunto não dê jeito.
Este post é na verdade a resposta a pergunta de uma leitora. É bem didático, consegui inclusive um vídeo no youtube que ensina bem direitinho. Eu, que gosto de fazer brincadeiras de controle, eventualmente submeto meu parceiro ao milking só pelo meu prazer em controlá-lo. Quando isso acontece, ele quase sempre está usando o cinto de castidade. Mas isto é outra história. Uma brincadeira particular que eu e meu parceiro curtimos.
4ª lição
Eventualmente o prazer com a estimulação anal vem acompanhado de outras fantasias. O strap-on vem a ser a fantasia de ser literalmente fodido pela parceira com o auxílio de um acessório que é um dildo (pau de borracha), adaptado a uma cinta que anatomicamente firma o acessório ao corpo. Alguns homens submissos têm a fantasia de ser humilhado dessa forma, ser forçado a isso por uma mulher. Outros têm, não apenas este desejo, como também o da feminização forçada. Ser obrigado a vestir-se como mulher, constranger-se e paradoxalmente excitar-se com a prática. Definitivamente a mente humana é uma caixinha de surpresas. Nenhuma mulher precisa ter prazer com estas práticas, mas existem algumas (eu sou uma delas) que tem um prazer especial com a fantasia da Dominação.
Este texto para os não submissos, mas simpatizantes do prazer com a estimulação anal, pode constranger um pouco. Neste caso, ele serve apenas como ilustração de outra possibilidade que vai além do prazer com o ato, mas sim também com a fantasia da situação em si. E os que gostam de se sentir como mulheres, tem inclusive um relato masculino sobre o assunto no texto, verão que tal prazer não é um bicho de sete cabeças, desde que a parceira compartilhe da fantasia. Tais texto são importantes, pois eles levantam questionamentos. Esse texto é interessante, pois eu relato a minha relutância em experimentar o strap-on por causa do medo de me sentir machona, quando, no entanto, o fato de dar prazer ao outro é tão grande, que esquecemos qualquer tabu.
5ª lição
Partir pra prática é essencial e possível. É interessante, excitante e estimula e muito a criatividade. Se você é homem, tem uma parceira sexual de confiança e tem a fantasia, não tenha medo e ouse. O máximo que pode acontecer é não gostar. Por isso é tão importante ter um canal de discussão aberto com a parceira para falar do assunto. Se você é mulher e ainda vê com alguma estranheza a proposta do seu parceiro, relaxe. O preconceito inicial é natural, anormal é depois de todas as dicas acima ainda achar que o prazer de alguns (veja bem, não disse todos) homens com a estimulação anal seja mito ou sinônimo de homossexualidade. Acreditem… Homossexuais buscam um par do mesmo sexo e não o contrário.
Permitir-se viver é sempre mais complicado do que se imagina, mas é preciso ousar. Já tive alguns relacionamentos com homens que tem este prazer e a grande maioria era heterossexual assumido. Por dois meses namorei e fui apaixonada por um homem masoquista, submisso, crossdresser (curtia se vestir de mulher) e bissexual. Tivemos muitos orgasmos juntos. Curiosamente, ele nunca penetrou em mim, mas eu ao contrário… Tínhamos um prazer inexplicável na cama. Inexplicável e especialmente sensual. Este texto mostra bem isso.
Espero com este texto informar, com conhecimento de causa, que o prazer sexual masculino com a estimulação anal não é mito, apesar de ser tabu. Se você que lê agora, homem ou mulher, e tem curiosidade, quer saber mais sobre o assunto saiba que os links que passei são contos/relatos de experiências vividas. Já fui preconceituosa, mas hoje, prefiro me embasar no conceito que, se dá prazer ao outro e não me causa dano algum, por que não experimentar e ver se gosto e tenho prazer também? Curiosamente eu gostei, mas… Sei que sou uma mocinha incomum.

Inversão de Papéis – Quando Ele se Torna Ela

De todas as práticas de Dominação Feminina, a inversão de papéis, mais especificamente o strap-on (ela metendo nele com a ajuda de um cinto e um dildo acoplado) é a que fui mais relutante em experimentar como prática de humilhação, talvez porque para mim, a penetração anal em si não é um ato humilhante para o homem, afinal há prazer. Ou talvez porque, sendo feminina como sou eu temesse com a inversão de papéis perder um pouco da minha feminilidade. Mesmo quando estou com uma mulher, gosto de me sentir fêmea, tanto quanto aquela que está comigo. Deixo o papel de macho para quem é de direito, o próprio. Na inversão de papéis, o fato de estar naquele momento exercendo uma prática especificamente masculina, a penetração, sempre me incomodou um pouco como mulher, no entanto, não como Dominadora.


E nesta fusão de prazer físico e psicológico, uma coisa que poucos conseguem entender é a heterossexualidade do ato. Poucos homens que tem o fetiche da inversão de papéis são bissexuais, ou seja, tem desejo sexual por homens também. Já conversei com muitos que curtem a prática e vários afirmaram que o simples fato de imaginar um homem na situação é uma broxada certa. Alguns, só de tocar no assunto sente nojo. A fantasia está exatamente em ser “comido” por uma mulher. Uma mulher sexy e poderosa, capaz de proporcionar o prazer de todas as formas. O homossexual não fantasia uma mulher portando uma cinta/pau traçando-o, mas sim um homem. Simples assim.



O mais interessante, é que hoje não vejo conotação homossexual na prática em si, apesar de saber que determinados homens até podem ser homossexuais com dificuldade de auto-aceitação, o que não é regra. Todos os homens com os quais fiz uso dessa prática até hoje, assumem-se heterossexuais, tenho certeza que alguns broxariam só em imaginar um pau de verdade a penetrar-lhes. Faz parte da fantasia deles ser possuído por uma mulher Dominante e não por um homem. Talvez até por isso exista um certo fascínio de alguns homens por travestis, afinal de contas é uma figura feminina dotada de um pau.
Não considero como inversão o cara que curte ter o cu dedado enquanto é chupado, tampouco aquele que é submetido à massagem prostática, afinal a próstata é inegavelmente um orgão de prazer. Vejo como inversão, a feminização (roupas, maquiagem, expressões femininas) ou o uso específico do cinto atado ao corpo da mulher e um pau de borracha (dildo) acoplado nele, para dessa forma ela através da penetração anal, exercer o papel atribuído ao macho enquanto ele é humilhado e submetido ao papel de fêmea.
Minha primeira vez comendo um homem foi com um amigo switcher. O switcher no jogo S&M é aquele que hora é Dominador, hora Dominado, não necessariamente pela mesma pessoa. Normalmente ele exerce sua faceta Dominante com uma pessoa e se submete a outra, quase nunca em um mesmo tempo. Com este amigo eu fui a Dominante, portanto ele foi o Dominado, apesar de eventualmente (mas não naquela tarde) ele ser Dominador também. Ele sabia que eu não tinha conhecimento da prática, e assim que chegamos ao hotel foi me mostrar quase que de maneira didática como acoplar o pau de borracha ao cinto, como vestir, como fazer uso, a importancia da preparação e dilatação anal… Depois dessa rápida explicação partimos para a prática, e quando o assunto é Dominar, isso é muito natural em mim. Sei fazer uso do meu charme para ter prazer ao extremo. E mesmo sendo um doce de menina, aquele que está comigo sempre percebe quando um pedido meu não aceitaria um não como resposta. O mais difícil naquela primeira vez foi perceber que para aquele homem em especial, estar ali comigo não era a prática mais humilhante, a humilhação que ele esperava era das minhas palavras, nos xingamentos, expressões de detrimento à sua masculinidade e principalmente (e isso sim foi difícil) ser fodido como um homem fode uma mulher, pero sin perder la ternura jamás… Foi difícil o vai e vem, o ritmo da foda, afinal de contas, por mais ajustado que o pau estivesse ele não me pertence. Passei a adorar como semi-deuses todos os homens que já me comeram até hoje. Que tarefa difícil é meter em alguém. Tarefa, aliás, extremamente bem executada por ele mesmo, o amigo switcher homem que eu comi o cu. Naquela tarde achei que nunca mais o faria novamente.
Pouco tempo depois, uma amiga me emprestou seu escravo, ela disse que o strap-on é prática, e só ela levaria a perfeição. E curiosamente naquele empréstimo eu descobri que o que mais me deu tesão em comer um homem, não foi o ato em si, mas a humilhação em negar a ele a masculinidade. Apesar do escravo da minha amiga ter prazer com a penetração anal e até admitir isso, ele se envergonha deste prazer, e só o faz se for forçado. Naquele dia eu descobri que o meu prazer maior na inversão de papéis, não estava na prática em si, mas na humilhação de tê-lo emasculado. Lembro que em determinado momento, ele ficou doido de tesão e tentou me acariciar e até teria trepado comigo se eu deixasse, mas uma frase que eu disse o humilhou mais que tudo: “Não respeito como homem aquele que eu como o cu.” O que nem é uma verdade de fato, trepei com meu amigo switcher mesmo depois de tê-lo comido, mas acho que só falei isso porque com ele, esta frase funcionou mais que um tapa na face.
Com M., meu masoquista preferido, eu tive certeza que o meu prazer com a inversão é realmente ligado a humilhação. Tanto, que não faço questão usar um cinto para enfiar um pau. Acho que homens ainda comem melhor que eu, e se ele quisesse realmente ser comido procuraria um e não uma mulher Dominadora. Costumo plugá-lo, obrigar o uso de calcinha, proibi-lo de me penetrar, exigir que me dê apenas prazer oral como se não fosse um homem… A inversão para M. é o fim, o cúmulo, terrível, mas ele se submete, porque o prazer dele é executar minhas mais loucas ordens, meu mais doido capricho.
Acho que até hoje, eu não gosto muito dessa coisa de fingir que tenho um pau, não necessito disso e nem me sinto muito à vontade. Deixo paus para quem tem e sabe usar melhor que eu. Ainda bem. No entanto, dentro do contexto da humilhação Dominadora/escravo, a inversão de papéis funciona como uma punição muito mais severa que o spanking, já que priva o escravo de exercer o poder do seu falo como macho e sim ser submetido à Dominante por um pau que nem de verdade é. Quase sempre o maior prazer da Dominadora é ver que apesar de gritar aos quatro ventos a sua heterossexualidade, a grande maioria rebola e geme de prazer diante da prática.

nversão de papéis

A inversão de papéis em uma relação BDSM, a mulher (Domme) assume a postura ativa e o homem (escravo) a postura passiva. Esta troca tem como objetivo a humilhação e também a quebra da resistência psicológica do escravo, visto que o homem foi ensinado durante toda a sua formação que a ele cabe o papel de dominador, simplesmente por possuir entre as pernas aquilo que é o símbolo do poder: o pênis.
Sempre me defini com um submisso nato, com atitudes masoquistas e ávido pelo rebaixamento moral que essas práticas podem proporcionar a um escravo durante a sua emasculação. De todas as formas que minha Domme se utilizou em meu adestramento, sem dúvida, a inversão de papéis foi a experiência mais completa e intensa que pude vivenciar.
Depois de um bom período de anal training, onde meu ânus recebeu um tratamento visando obter a dilatação necessária para sessões de inversão e fisting, fui logo apresentado ao strap-on dildo de minha Domme. Adepto ao crossdressing, quase sempre me travestia de sissie, tornando o ato de dominação perfeitamente completo.
Invertido os papéis, a submissão passou a ter um outro sentido em minha vida de escravo. Posso afirmar que essa foi a forma que melhor materializou a necessidade que apresento de ser subjugado, chegando ao ponto de condicionar o meu prazer a esta prática.
Segundo minha Domme, o melhor castigo que ela poderia me infligir, não era os obtidos por técnicas punitivas como o spanking, mas sim alguns dias sem me possuir sexualmente. Para meu desespero, ela tinha total razão.
Fora do BDSM, fica praticamente insustentável para o escravo submisso uma relação dentro dos padrões normais, ou seja, uma readequação ao papel de dominador.
Quero deixar claro que “insustentável” não significa impossível, porém o prazer sexual jamais alcançará os mesmos níveis de satisfação física e mental.

Sexo E Prazer....